Conservação
do Meio Ambiente
A conservação
do meio ambiente e a manutenção de sua saúde
são os pontos mais importantes para a sobrevivência
das populações de vários moluscos.
Como é geralmente observado em populações de
bivalves nas mais diversas praias brasileiras, as condições
da água devem influenciar no tamanho médio das conchas.
Populações de Donax
hanleyanus que vivem nas praias paulistas, que sempre estão
impróprias para banho, são em média muito menores
que as encontradas em algumas praias no sul do país, que
têm melhores condições de água ao longo
do ano.
É claro que este não é o único fator
que age sobre estas populações, existem também
influência da temperatura da água e da disponibilidade
de alimento. Outros exemplos também podem ser citados para
espécies que vivem próximas ao litoral quando comparadas
à populações que vivem em ilhas bastante afastadas
da costa, em que correntes devem trazer água mais saudável.
Uma teoria que precisa ser ainda melhor
estudada é a da sazonalidade, onde populações
principalmente de bivalves, simplesmente desaparecem de um habitat,
as vezes por longos períodos, e voltam àquele local
posteriormente. Em uma reunião da Sociedade Brasileira de
Malacologia, nos anos 80, o já falecido Dr.Walter Narchi,
apresentou seus estudos sobre Mactrellona
alata, onde afirmava que ela possuía ciclos de ocorrência
de 30 anos.
Isto acaba produzindo um alarde muito grande por parte de alguns
ecologistas, que incluem espécies em listas de animais em
perigo de extinção sem o devido conhecimento ou estudo
da dinâmica da natureza.
A saúde de mares, rios e florestas,
afeta várias populações de moluscos importantes
comercialmente, que tem suas populações reduzidas,
afetando principalmente as comunidades ribeirinhas extrativistas.
Como a maior parte das espécies de moluscos explorados no
Brasil são de bivalves filtradores, o homem acaba absorvendo
toda esta carga de poluentes e metais pesados armazenada pelos moluscos.
Os rios e florestas são tão,
ou mais, frágeis que os oceanos e mares. Os rios sofrem com
a degradação através da poluição
de esgoto residencial e industrial e assoreamento, extinguindo espécies
que não vivem em outras bacias do Brasil.
As florestas também abrigam
espécies endêmicas, que sofrem com o desmatamento ou
mesmo com a redução da sua área, já
que muitas regiões possuem terras muito pobres em calcário
e os animais necessitam de áreas maiores para se desenvolver.
Algumas matas estão completamente mortas, muito embora pareçam
saudáveis. Tente encontrar algum sinal de vida em uma área
reflorestada com pinheiros ou eucalipto!
Outro fator que nas últimas
décadas passou a atuar sobre o meio ambiente foi a introdução
de espécies alienígenas, que competem por espaço
e alimento com as espécies nativas e que não possuem
inimigos naturais para controlar seu crescimento, como a Achatina
fulica. Com matas e florestas tão inacessíveis,
seu controle é quase impossível.
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