Séries de Crescimento
Pouco comuns em coleções particulares,
as séries de crescimento são bastante importantes para o estudo
das fases de crescimento e transformação que algumas conchas
sofrem durante seu desenvolvimento. Este estudo ainda permite que erros sejam
cometidos como a descrição de espécies como sendo novas
quando na realidade são apenas exemplares jovens.
Para se chegar ao correspondente juvenil,
a série é construída de traz para frente. Os
espécimes adultos bem conhecidos são o início
da série, em seguida lotes de conchas cada vez menores são
adicionadas. Assim algumas características que se perdem
durante o crescimento, podem ser observadas nos exemplares jovens,
identificando claramente a espécie.
Algumas espécies que sofrem
muita erosão durante seu crescimento, tem dificultado ou
mesmo impossibilitada a observação das fases iniciais
da concha, a protoconcha, localizada no apex da concha. Um bom exemplo
é o da Charonia variegata, que ao se movimentar arrasta
seu apex pelo substrato, causando a perda do mesmo, então
é apenas na concha jovem que a protoconcha pode ser observada
e estudada.
Algumas espécies quando juvenis,
podem parecer espécies que pertencem até a famílias
diferentes, como é o caso das Cypraeas. Na Cypraea
zebra, ilustrada abaixo, a concha juvenil se parece mais com
um Olividae ou até um Marginellidae. Nela também se
pode observar a protoconcha, que nas espécies adultas é
recoberta pela última volta espiral do corpo.
Cypraea zebra -
concha juvenil com 50mm e adulto com 100mm |
Cassis tuberosa - juvenil
com 21mm e adulto com 240mm |
Odontocymbiola americana -
juvenil com 13mm e adulto com 70mm |

Charonia variegata - juvenil com 9 mm e adulto com 200mm |
Zidona dufresneyi - juvenís com
20mm e 60mm; adulto com 180mm |
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